Monday 13 September 2010

Final stats

Distâncias viajadas...

De avião - ~6712,74kms
De comboio - >1407,62kms
De barco - ~150 milhas
De bicicleta - ~100kms em 4 dias

Materiais com que trabalhei no Scandic...

Kgs de croissants - ~36000kgs
Kgs de karjalaan piirakat - ~18000kgs
Litros de ovos mexidos - ~1400l

Encontros com portugueses - 7
Encontros com outros lusófonos - 3

Alimentação...

Kgs de carne de rena consumidos - ~5kgs
Litros de leite consumidos - ~45l
Litros de café consumidos - muitos!
Litros de koskenkorva consumidos - 0,75l
Pacotes de noodles instantâneos - demasiados...
Kgs de frutos vermelhos consumidos - ~13kgs
Kgs de batatas consumidos - muitos!
Tipos de arenque provados - 7
Carnes e peixes consumidos - rena, alce, urso, salmão, vaca, porco, carneiro, arenque, pato, ganso, faisão, perdiz, tetraz, lebre, coelho, galinha.
Tipos de lacticinios provados (não contando leite, yogurte e natas) - 8


Lagos visitados - 7
Temperatura máxima - ~37ºC
Temperatura mínima - ~2ºC
Fotos tiradas - 368
Ponto mais a Norte - Poronfarmi, Rovaniemi, acima do Círculo Polar Árctico
Ponto mais a Este - Käsmus, Estónia

Sunday 12 September 2010

Chapter XXVIII - And so it ends...

E é com grande tristeza que escrevo este último post, já no aeroporto, enquanto espero pelo avião de regresso a Lisboa. Raio do tempo só passa depressa quando não deve…

Com o cú quadrado das 11 horas de comboio Rovaniemi – Helsinki, esperava-me um longo dia pela frente. Desci em Pasila e apanhei um comboio suburbano até Leppävaara. Com uma chuva ligeira mas bastante agradável, e com um donut de chocolate e cardamomo, dirigi-me pela última vez à residência. Com cuidado para não acordar os dorminhocos, arranjei a tralha toda, tomei um prolongado duche e abanquei-me no sofá a ver televisão, dado a internet não funcionar e ainda estar tudo a dormir. Por fim lá acordaram, ansiosos por ver as fotos e ouvir o relato do passeio pela Lapónia. Distribuídos os abraços a toda a gente, e tirada a foto de grupo da praxe, lá segui carregado que nem um camelo para Helsinki. E quando digo carregado, digo mesmo: mochila grande às costas, mochila pequena ao peito, mala do pc a tiracolo, mala das facas numa mão e uma outra mala de viagem com roupas na outra. Não faço ideia do peso, daqui a bocado quando fizer o check-in já descubro.

Chegando à Rautatientori, onde me encontrei com o Marko, gastei as minhas últimas moedas num cacifo onde deixei a panóplia toda. Após o almoço, na minha última ida ao Hesburger, fui fazer - imagine-se! – de guia turistico! Eu, um alentejano que aqui viveu dois meses e picos, a mostrar a cidade de Helsinki a um finlandês que caminha este mundo há 28 anos! Fizemos o percurso Rautatientori – Senantintori – Kauppatori – Kauppahalli – Esplanadi – Mannerheimintie – Stockmann. Após mais um encontro com um grupo de portugueses e a compra de 1kg de carne de rena num talho já a fechar, fomos ter com um outro grupo de portuguesas.

A Kiki, uma rapariga que andou comigo na escola até ao 9º ano, chegou esta semana a Helsinki, onde estará em Erasmus até Janeiro. Sete raparigas num dos maiores centros comerciais de HKI é aquilo que já se sabe, de maneiras que fui acompanhar o Marko até à estação de comboios para me despedir dele. Mais tarde voltei a encontrar-me com elas, no pânico que era fazer compras num LIDL atulhado de gente. Carregadas que nem camelas, seguimos até Kannelmäki, onde fiquei a conhecer as residências onde estão a viver. E quase que ficava a conhecer o corpinho jeitoso de uma moça cuja nacionalidade desconheço, com quem elas partilham casa, mas a toalha manteve-se segura ao corpo dela e lá se lembrou que estava gente lá em casa e fechou a porta do quarto antes de se vestir… Perkele…

Após uns conselhos de desenrascanço sobre Helsinki e o Suomi, bem como uma aula de culinária onde ensinei como se preparam e se comem noodles instantâneos, pus-me novamente a caminho do centro da cidade. Sábado à noite num bairro daqueles significa muitos finlandeses e outros povos a fazer algo que sabem muito bem: beber. MUITO! No comboio ia uma mulher aos berros ao telefone, bastante bebeda por sinal. Não percebi totalmente a conversa, como é óbvio, mas os risos que arrancou a toda a gente no comboio e os constantes “Perkele! Voi vittu! VITTUTTA!” foram suficientes para perceber a cena e descarregar umas gargalhadas escondidas pelo revirar de olhos.

Lá fui ao cacifo recuperar os meus bens, e novamente carregado que nem um camelo, arrastei a minha carcaça pelo hall central da estação, até à paragem do autocarro. Desta vez fui esperto e poupei 6€. Quando cheguei, só vi o charter-bus da Finnair, que por esses mesmos 6€ conduz o inexperiente turista até ao centro da cidade em 20min. Pois os autocarros da HSL, nomeadamente o 615 e o 620, fazem o mesmo serviço em 35min e o meu passe é válido para as zonas em questão.

Mas claro que eu tinha de ter mais trabalho do que o suposto. Somehow meti na cabeça que era Terminal 2, e deixei-me seguir até ao dito. Quando lá cheguei, novamente a arrastar-me escadas acima, olhei bem para o quadro de partidas… apenas vôos intercontinentais. Perkele… Ao descer as escadas encontrei a salvação para as minhas costas: um simpático trolley, facilmente manobrável, nada como os do Scandic que constantemente encalhava ou derrubava. Com a tralha toda à molhada, lá segui até ao Terminal 1. Após verificar que os check-in ainda estavam todos fechados pois eram 00h e o vôo é só às 5.45h, procurei uma tomada e abanquei-me aqui a escrever os últimos dois posts do blog, ouvindo o true sound of Finland: Shaman & Korpiklaani.

Infelizmente não consigo apanhar internet, a suposta rede wireless não funciona, por isso faço o que aprendi no Scandic: deixo tudo preparado e amanhã sirvo aos clientes. E durante o próximo mês irei preparar o banquete que vos irei servir brevemente: um livro sobre a minha viagem por aqui, com muitos extras que nunca foram mencionados no blog. Aguardem novidades!

São neste momento 2.08h do dia 12 de Setembro de 2010, e é quase de lágrima no olho que me despeço dos melhores tempos da minha vida. Mas que fique claro: I’ll be back!

Näkemin ja kiitos paljon kaikille!

Chapter XXVII - Lappi

Após uma semana de férias AFK, deixo aqui um pequeno resumo do passeio pela Lapónia. Como prometido, será apenas um trailer. Não revelo grandes detalhes, não conto tudo o que fiz e muito menos vêm as fotos ;)

No passado dia 5 de Setembro arrumei a tralha, despedi-me das minhas meninas alemãs e italianas e segui para Helsinki com pouco mais do que a roupa que tinha no corpo, a carteira e a inseparável máquina fotográfica.

Enquanto fazia tempo para o comboio, diverti-me a passear de eléctrico. Uma maneira barata e confortável de ver grande parte da cidade. Também dei um passeio de metro até Vuosaari, com paragem em Itäkeskus no retorno ao centro. Por fim, umas voltinhas pelo Hakaniemi e pelo Kaisaniemi.

Eis que chega então um enorme comboio, denominado Santa Claus Express… Preparem-se, pois praqueles lados, everything is Santa Claus!

A morosa viagem de cerca de 11 horas foi passada a rebolar dum lado pro outro dormindo nas posições mais estranhas que possam imaginar, qual contorcionista ou praticante de yoga. Quando a fome apertou, tratei de a saciar com umas delíciosas almôndegas que vendiam no vagão restaurante/bar.

E finalmente cheguei a Rovaniemi, capital da Lapónia, uma pequena cidade localizada a poucos kilómetros do Círculo Polar Árctico, onde se dá a junção dos rios Kemijoki e Ounasjoki.

Como o alojamento mais barato que tinha consigo encontrar custava a módica quantia de 40€ SEM PEQUENO ALMOÇO, estava decidido a abancar pelas ruas e a dormir ao relento. No entanto, o meu destino foi outro. Ao sair da estação, abordei uma rapariga a fim de obter algumas direcções por ali. Fomos andando, conversando, e quando lhe disse que iria dormir pelas ruas, ela propos-me partilhar o sofá do apartamento dela com dois gatos. E assim fiz, logo eu que não gosto nada de gatos…

Como os transportes por ali são ainda mais caros que em Helsinki e são bastante escassos, tipo um autocarro por hora, a solução mais óbvia que encontrei foi a de alugar uma bicicleta para a semana inteira. Um par de rodas que me deu total mobilidade, bem como a liberdade de explorar toda a cidade e arredores.

Após uma visita breve ao posto de turismo, comecei a pedalar pela primeira vez em cerca de 2 anos. E pedalando encosta acima, cheguei à aldeia do Pai Natal, localizada precisamente no Círculo Polar Árctico. Nunca na vida pensei chegar a estas latitudes, mas certamente quero lá voltar. E o que é que eu fiz por ali? Ora pois claro, após uma dúzia de kilómetros pedalados, tinha que ir conhecer o velhote barbudo… Quem diria, a pessoa mais anti-natalícia que conheço foi visitar o tí Nicolau, esteve de conversa com ele e ainda tirou uma fotografia como prova!

Após me ter sida impingida a dita fotografia pela módica quantia de 25€, e já farto de ouvir as mesmas christmas carols que continuavam a tocar, segui para visitar outros pontos de interesse na Santa’s village: Santa’s Post Office, Husky Park, e um museu a céu aberto recriando habitações tradicionais Saami. Infelizmente de tudo o que eu queria ver só o posto dos correios estava aberto. Todas as cartas endereçadas ao Pai Natal vão parar ali, mesmo aquelas que escrevem por brincadeira.

Finda a visita por ali, toca a descer a colina em direcção a Rovaniemi. Os caminhos para ciclistas são uma maravilha, e a sensação de levar com o ar fresco na cara enquanto se observa a taiga é indescritível.

Como a descer todos os santos ajudam (insert Santa pun joke here), num instante estava de volta à cidade. Segui para sul, sempre maravilhado com a paisagem, até à Lapin Yliopisto – Universidade da Lapónia, o polo universitário mais a norte que existe no mundo. Aí me encontrei com a Riikka e seguimos para o apartamento dela, a poucos metros da universidade. Foi então que conheci os meus room mates: Vetti e Lenni. Um era gordo e branco, o outro era mais pequenino e preto; ambos eram extremamente fofos e mimosos. Ao anoitecer fomos a casa de umas amigas delas, a uma pseudo festa.

No dia seguinte, com as pernas doridas da bicicleta, passei grande parte do dia no Artikum. Trata-se de um museu sobre o Árctico que combina História, Ciência e Arte, de forma extremamente interessante e organizada. Almocei um kebab no Rocktaurant dos Lordi e passei o resto do dia em petiscos. Nesse dia festejava-se o 150º aniversário da Rovaniemen Kirjasto (biblioteca), e lá tinhamos café, sumo de morango, e um maravilhoso bolo de frutos vermelhos, lakka e chantilly. Além disso, mesmo ali ao lado, na Kaupunkitalo (Câmara Municipal), dava-se um evento de recepção aos estudantes estrangeiros. Infiltrei-me por lá, com direito a uma tarte/pizza de rena, uns bolinhos e mais café à pála. Após encher o bandulho, recebi uma mensagem da Riikka a convidar-me para um picnic à beira rio com os amigos dela, e lá fomos nós. Após o picnic, consegui deixar toda a gente interessada no bolo gratuito na biblioteca, e fomos todos para lá. Claro que eu tinha de emborcar mais um(as) fatia(s).

Quarta feira foi dia de pedalar a sério novamente. Segui mais uma vez para o Círculo Polar Árctico, mas desta vez passei primeiro no posto de turismo para me certificar que as coisas que eu queria ver estavam abertas. Comecei pelo Husky Park, onde estive rodeado por cerca de 60 huskies fofinhos e dois samoyedos ainda mais fofinhos. As donas do recinto foram bastante simpáticas, além de não me terem pedido os supostos 6€ pela entrada, ainda me ofereceram grilliimakarat e café. Após o petisco, e com vontade de trazer a bicharada toda comigo, lá fui ver as construções Saami e desci a Rovaniemi para o descanso do dia.

O dia começou um pouco mais cedo que o usual na quinta feira. Recebi um telefonema do posto de turismo pelas 9 da manhã, a confirmar que a quinta de criação de renas que eu queria visitar estava aberta a partir das 11h. Papei uns donuts e meti-me a caminho. Claro que o sitio tinha de ser a 12kms de casa e ladeira acima…

Com os bofes de fora, lá cheguei ao local. Conheci o dono da quinta e algumas das renas. São bastante fofinhas e sociáveis, ao ponto de virem comer à mão, mas não são bichos que primam pela inteligência… De acordo com o criador, por muito que se tente, elas nunca se habituam a responder pelo nome que se lhes dá; além de poder levar 3 a 5 anos até que elas aprendam a puxar um trenó. Após a chávena de café com bolinhos da praxe, regressei a Rovaniemi. Desta vez fui explorar a margem sudeste do rio, onde além do relaxante passeio pela floresta, pude visitar o Rovaniemin Museo e o Metsämuseo. O primeiro tratava-se de um pequeno museu etnográfico, retratando a vida numa pequena propriedade agrícola do séc. XIX, cujos edifícios ainda eram os originais, bem como a familia que a mantinha. O segundo era mais um museu a céu aberto sobre a vida dos lenhadores na Lapónia, com muitas casas recuperadas e alguns objectos que remontavam aos finais do séc. XIX e primeira metade do séc. XX. Estava tão entusiasmado que me esqueci de tirar fotos a estes dois museus, paciência…

E aproximava-se a hora de ir embora… fiz umas comprinhas durante a tarde, e preparei uma pequena surpresa para a Riikka. Como agradecimento por me ter recebido, arranjei uma garrafa de vinho do Porto (não encontrei vinho alentejano…), duas latinhas de comida XPTO para o Lenni e o Vetti, e um postal. Após nos encontrarmos, despedi-me dos miaus e seguimos para a house warming party de um amigo dela, onde me despedi do pessoal com uma enorme esperança de ali voltar brevemente.

Mais 11 horas de comboio, com direito a almôndegas e a costas tortas, e regressei a Helsinki.

Se já tinha ficado encantado com a Finlândia desde que aqui meti os pés, a Lapónia deixou-me ainda mais maravilhado. O ar fresco, a fusão de verde e castanho da taiga, as fortes águas dos rios, a maneira como fui recebido por todos e em todos os locais… Não tenho palavras.

Sunday 5 September 2010

Chapter XXVI - Hei hei Jääskelantie!

Dentro de meia dúzia de horas estou a caminho do Árctico. Não vou ter o computador comigo durante esta semana, por isso apenas estarei contactável por telemovel.

Ontem dei um grande passeio por Helsinki: Kansallismuseo, Suomenlinna e Korkeasaari. Tirei cerca de 90 fotos, algumas delas estão online no meu Facebook para quem quiser ver. Não tenho muito tempo para escrever no blog sobre o passeio, por isso terão que aguardar uns dias.

Já tenho as malas feitas, só me falta arrumar o pc... Daqui a bocado vou almoçar e depois despedir-me dos meus roomies. Próximo sábado de manhãzinha estarei de volta a Helsinki. E com muita tristeza, à noite regresso a Lisboa...

Mas agora, Läppi!

Thursday 2 September 2010

Chapter XXV - Último dia no Scandic & O Sacro-Império Romano-Germânico

Após tantos dias e horas extras de trabalho, finalmente terminei o estágio. Para acabar em grande, adivinhem o que passei o dia a fazer? A mis-en-place do costume? Nop. Os buffets frios? Não. Empratar a comida para os banquetes? Neps. Ficar à frente do fogão a terminar os pratos para o serviço à lá carte? Tambem não. Lavar loiça o dia todo? YES!

Esta semana entrou um rapaz nepalês para a copa. Além dele não estar habituado ao trabalho, tem que ir embora às 14h porque tem um segundo emprego às 15h... o que se torna um pesadelo pois fica muita loiça por lavar. Ontem destacaram-me para o ajudar o dia inteiro... e o trabalho era tanto que às 16h estava eu e os dois chefes a correr dum lado pró outro com a loiça. Custou bastante e as costas ainda se queixam, mas lá se deu conta do recado. Sinceramente é serviço que desejo a muitas pseudo-estrelas da cozinha, aprendiam logo a ter outro respeito por este trabalho e por quem o faz, coisa que quase nunca acontece.

Sei que o Jari lê o blog de vez em quando, por isso aqui fica uma mensagem a toda a equipa:
Jari, Johann, Ben, Tulja, Eila, Jie, Sihng, Violetta, Jean Pierre, Shito, Pauliina, Annika and everyone who I worked with at Scandic Continental Helsinki, my best regards to all of you. I had a great summer and the best time of my life working with this team, I hope I can come back in the future. Kiitos paljon!

A segunda parte do post de hoje é sobre os meus novos colegas aqui na residência: 3 alemãs e 3 italianos/as. As alemãs são maníacas pelas limpezas, não têm noção... Fora isso, é tudo boa gente, sempre animadas e bem dispostas. Ontem perguntaram-me se eu sabia por a sauna a bombar, pois nem uma facção nem outra alguma vez tinha lá ido. Como sou bonzinho, perguntei-lhes a que horas chegariam hoje a casa vindos do trabalho, para eu ter a sauna a bombar e irmos todos pra lá. Não sei ainda se estão dispostas a mixed gender e sem roupa, que é como a sauna deve ser, mas logo se vê isso.

Espero não ser condenado à guilhotina ou a qualquer sentença de execução ou tortura, mas aqui fica uma foto do combíbio germânico-romano-luso, tirada ontem à noite. Destaque para o bolo de maçã da Tanja que levou horas no forno e quando saiu a maçã ainda estava crua, e o bolo de morango que comprei no supermercado mas que ainda estava congelado quando o ataquei. Como poderão imaginar, grande parte das conversas da noite revolveram em torno destes dois bolos que, qual tortura de Tântalo, nunca mais estavam comestíveis...





Sábado vamos todos passear: Linnanmäki, Korkeasaari e uns bares em Helsinki. E domingo à noite sigo para Rovaniemi! Can't wait ^^

Ah, e está decidido: ao longo das próximas semanas irei trabalhar num livro sobre a minha viagem pela Finlândia. Em princípio será lançado ainda antes do Natal, edição caseira, com o melhor do espírito DIY. Não posso falar já em preços, mas será acessível, apenas o suficiente para cobrir as despesas de produção. Quando tiver mais detalhes aviso. E para vos espevitar ainda mais o interesse, posso adiantar desde já que o capítulo sobre a Lapónia será exclusivo do livro! O blog apenas terá uns pequenos spoilers, por isso, quem estiver interessado, já sabe!



Thursday 26 August 2010

Chapter XIV - Suomen luonto

Finland's liberal laws of access to the land - known as Everyman's Right - give people of all nationalities a free right to roam the countryside and enjoy outdoor activities in a natural setting, no matter who owns the land.

This free right comes hand in hand with the responsibility to avoid any damage or disturbance to the natural environment, people's property and other visitors.

Everyman's Right enables visitors to freely walk, ski, ride, cycle, row or paddle around the countryside, except in the immediate surroundings of people's homes, or in cultivated fields. Visitors can also picnic, swim and even camp out. Motor vehicles, including snowmobiles, may not be used off road without the landowner's permission. In certain sensitive areas as national parks and other protected areas, visitor's movements and rights are restricted to protect wildlife.

Everyman's Right also allows visitors to pick wild berries and mushrooms, and to fish with a simple rod and line in most waters all year round. Hunters need the landowner's permission, as well as official hunting permits.
The landowner's permission is also required for letting pets off lead or lighting open fires.

More information on these extensive rights is available at www.environment.fi/everymansright

In: Enjoy Nature in Finland, Metsähallitus


Além disto, são ecologicamente muito responsáveis. A reciclagem é fortemente encorajada; as garrafas de plástico valem 0,20-0,50cent, sendo depositadas nos supermercados recebendo depois o seu valor. É raro ver lixo nas ruas, e ainda mais raro nos espaços verdes. Desde que aqui cheguei não vi nenhuma notícia sobre fogos florestais, o que é notável para um país cujas florestas ocupam 50% do seu território.

E agora vou jantar e deitar-me, que amanhã começa a última semana de trabalho.

Wednesday 25 August 2010

Chapter XXIII - Pausa laboral

Quarta feira à tarde tem sido o melhor momento da semana nos últimos tempos. É que como só tenho a quinta feira livre, quarta após o trabalho sinto o alívio do dia laboral já ter passado e de saber que ainda tenho uma noite e um dia inteiro para descansar.

Esta vai ser a minha última semana no Scandic. Amanhã estou de folga, no fim de semana vou ter que bombar com 1200 bocas para alimentar e na próxima quarta será o meu último dia. Por um lado vão saber bem as férias, e estou ansioso por ir para a Lapónia. Por outro, estou a cerca de duas semanas de voltar a terras lusas... Faz hoje dois meses que cheguei, btw.

Perguntaram-me, várias vezes, se não tinha saudades de casa, de Portugal ou das pessoas. E ficavam chocados quando dizia com toda a honestidade que não. Don't take it personal, mas de facto não sinto falta de nada daí. Talvez do meu montezinho de pêlo mal humorado, mas isso já é hábito. De resto, nada. Se pudesse, ficava aqui... mas sem trabalho, sem papeis, sem casa e acima de tudo sem dinheiro, seria complicado. Não me importava de viver nas ruas por uns dias, mas a situação seria demasiado precária para me aguentar muito tempo.

Portanto a solução vai ser enfiar-me praquele avião, às 5 da manhã do dia 11, e rezar para que ele dê meia volta a meio do caminho porque a Finlândia se lembrou de fechar fronteiras e cortar todos os contactos internacionais, de maneiras que ninguém pode entrar ou sair... *rolls eyes*

Utopias à parte, já cá tenho não uma, não duas, mas três alemãs a viver comigo. Ao inicio pensei que eram 6, mas 3 delas estão a viver noutra residência. São todas muito simpáticas, e batem um record de cafés bebidos por dia nunca antes visto.

Falando nelas, vou para ali socializar um bocado.

Näkemiin!

PS: já enviei os postais para toda a gente!